sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

O Poder do "agora"

Ao nível de cada um de nós o ciberespaço criou condições para se ser o actor principal com a sensação de poder absoluto. Este potencial ilimitado depende exclusivamente da imaginação individual. Este tipo de acções leva por vezes ao desenvolvimento de uma inconsciência colectiva e, ao mesmo tempo, leva a que o (s) utilizador(es) não sejam obrigados a manter a ética ou os valores, ou seja, cada um constrói a imagem à medida que imagina, sem que para isso esta assente sobre valores ou responsabilidade ética. 
A rapidez com que mostramos ao mundo as nossas vivências, acontecimentos, revoltas, etc, estamos a usar uma arma potentíssima que pode dar inicio a guerras virtuais. Veja-se os casos do Egipto, Venezuela (com imagens colocadas no youtube), Ucrânia, etc…
Em suma: Tudo o que partilhamos, neste caso no facebook, é materializado muito rapidamente. Por outro lado a imagem só por si(sem Conhecimento) é como uma base de uma muralha de cartas que não aguenta nem uma corrente de ar onde a ética foi maquilhada e transformou-se em “like” e os comentários em atribuição de “valores”. 

“Na gestão de percepções cada indivíduo deve perguntar a si mesmo: o que é a realidade? O que vemos na televisão e nos tablet! O que ouvimos na rádio! O que lemos nos jornais! Ou o que fica quando nos apercebemos que a nossa própria história é manipulada pelos outros! A análise de todas as facetas do ciberespaço denota assim uma nova relação que se instalou entre o próximo e o distante, entre o efémero e o duradouro, entre o bem e o mal, e principalmente nas relações de poder entre quem dirige e quem é dirigido num mundo virtual e de simulações”.
M.G. A.C.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Estratégia da Lingua Portuguesa - Chineses

É disto que falo constantemente. E S T R A T É G I A A L O N G O PRAZO.
Os chineses estudam o mundo, estudam Geopolitica, estudam formas de chegar a todos os objectivos que pretendem. Neste caso o objectivo é chegar a Angola, Brasil e quem sabe ao imenso Mar de Portugal. O pensamento pequenino nunca fez ninguém grande. Assim como as estratégias de curto prazo nunca levaram ninguém longe.
Tal como nós se apenas pensarmos no curto prazo iremos querer apenas Ter. Quando adquirimos Conhecimento queremos Ser.

"O vice-ministro chinês da Educação, Hao Ping, desafiou a Universidade de Lisboa (UL) a duplicar nos próximos anos o ensino do português na China. " Fonte: OLP

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Objectivos Nacionais Permanentes e Conjunturais

Temos como objectivos nacionais permanentes:
 
" 1. A sobrevivência nacional, com independência e soberania;
2. A preservação e defesa da identidade nacional [da distintiva cultura de uma Nação];
3. O desenvolvimento, com progresso e bem-estar dos nacionais;
4. A defesa e a valorização da sua condição marítima(...);
5. A Liberdade de acção dos órgãos de soberania livremente eleitos, o regular funcionamento das instituições democráticas e a realização das funções e tarefas do Estado"
 
E Objectivos nacionais conjunturais:
 
"1. Correcção dos desequilíbrios financeiros, de forma a restaurar a credibilidade externa e a preservar a coesão social, reforçando, simultaneamente, a autonomia e a capacidade de acção externa do país;
2.Adopção de politicas que materializem a recuperação económica e o crescimento sustentado;
3. Correcção de vulnerabilidades e excessivas dependências que limitem aspectos vitais da soberania e da independência nacional, ponham em causa a coesão nacional ou cerceiem a liberdade de acção do Estado na defesa dos seus interesses e objectivos;
4. Valorização da condição atlântica do país e «ocupação efectiva» da sua plataforma marítima, através da investigação cientifica, da exploração dos recursos e da defesa;
5. Consolidação e ampliação da rede de alianças e parcerias estratégicas e económicas que possam contribuir para melhor gerir ameaças e riscos originados no exterior e impulsionar o potencial estratégico nacional, para atingir mais rapidamente os objectivos anteriores;
6. Preservação de uma defesa militar autónoma de natureza dissuasória e defensiva, evitando riscos de perda da solidariedade dos parceiros, da coesão da segurança colectiva e da identidade nacional;
7. Racionalização e rentabilização de recursos, mediante o desenvolvimento de capacidades civis e militares integradas." *
 
* FONTOURA, Luís - Segurança e Defesa Nacional um conceito estratégico. p.23
 
 
Parece-me que existem objectivos conjunturais que sobrepõem os permanentes. Apesar de vivermos numa "fase excepcional" tenho algumas duvidas se a cada legislatura não são interrompidas estratégias definidas por um governo anterior. Será que não temos algo a aprender com os orientais que definem estratégias a longo prazo e depois vão fazendo pequenos ajustes "conjunturais" e não apenas para levantar a bandeira do "fui EU que fiz isto?!".
Além disso receio que se não conseguirmos ter a "bênção" de poder haver neste grandioso mar a hipótese de explorar combustíveis fosseis, os recursos serem escassos para garantir a "soberania" da enorme plataforma continental que se avizinha( falando apenas do Mar).

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

PORTUGAL - Um só POVO


 
 
Um só Povo

Portugal foi todo ele, a partir do Condado Portucalense, como que feito de “colagens” sucessivas que o foram expandindo planeadamente primeiro para sul, para abarcar os portos de Lisboa e Alcácer, e a seguir para o Algarve, já num evidente propósito de aquisição de litoralidade e de atlanticidade, reforçadas mais para as Ilhas, que lhe conferissem melhores condições geoestratégicas e económicas de viabilidade. A opção atlântica começou logo com o primeiro Rei, e foram depois Portugueses de todas as parcelas que a prosseguiram para destinos só por eles julgados possíveis para tao pequeno povo. Foram todos contactar com povos e civilizações de paragens longínquas, lançando as sementes do mundo ocidental, de cuja segurança Portugal, no seu todo territorial e no seu valor humano, continua a ser reconhecido como um elo vital. Os outros países da Europa limitaram-se a explorar, mais tarde, e à custa de interesses portugueses, os caminhos que estes já haviam aberto.

O Papel dos arquipélagos, mais acentuadamente o dos Açores, foi importante nos Descobrimentos e no que deles decorreu, pelo apoio moral e logístico de grande utilidade para os difíceis regressos dos navios de vela dos mares do Sul a Lisboa, dados os largos bordos a que os ventos contrários predominantes os obrigavam. Não admira que o mesmo apoio tenha sido procurado por navegadores europeus que se lançaram cobiçosamente no caminho da bravura e da tecnologia iniciado pelos Portugueses e também pelos que se limitaram à pirataria no Atlântico Norte. A própria carreira das Américas foi oficiosamente aberta por um dos muitos aprendizes estrangeiros da Escola de Sagres, o celebrado Colombo, o qual, segundo Gago Coutinho, aportou às Caraíbas, e não ao continente norte-americano que os portugueses já conheciam. As presenças estrangeiras nas Ilhas e os cruzamentos dai decorrentes repetiram o que acontecera no Condado, onde a “desiberização” individualizante teve como um factor muito importante os contactos frequentes e íntimos com os mesmos povos marítimos do Norte da Europa e até com piratas de outras paragens. Daí que a Historia dos Portugueses de todas as parcelas, que começou realmente no Condado, seja indissociável. Portugal não tem Ilhas nem minorias. Portugal é Continente e Ilhas, e um só Povo.

Virgilio de Carvalho

Estratégia Global e subsídios para uma Grande Estratégia Nacional

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Emprego no estrangeiro para portugueses

Porque emigrar faz-nos pensar no "peixe que não sabe que existe a água" porque nunca saiu dela
Porque não vejo a emigração como revolta contra o meu país
Porque vejo a emigração como algo normal
Porque nos vejo como cidadãos do mundo
Porque emigrar não significa perder identidade
Porque emigrar não significa um "voltar de costas" à Pátria
Porque emigrar é para pessoas que se conseguem superar
Porque emigrar pode significar uma nova experiencia e não por falta de oportunidades(nacionais)
Porque emigrar exige um conhecimento e um crescimento de nós próprios
Porque emigrar é sair da zona de conforto


 
Porque ADMIRO e muito aqueles que foram e são capazes de o fazer.

 


http://emprego.comoemigrar.net/

 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A vida como o Sonho não tem horário laboral nem pós-laboral

Custa-me muito dizer "Não posso" inumeras vezes. Há comentários, há opiniões, há criticas e a unica coisa que peço é compreensão. Eu estou aqui! Mas nem sempre posso estar aí. Faço o caminho caminhando com um sonho à vista, porém faço-o, atento aos meus Amigos. A vida como o sonho não tem horario laboral nem pós-laboral.
Estamos juntos.

O texto que me motivou a esta escrita:

Não conheço ninguém que tenha conseguido realizar os seus sonhos e alcançar os seus objectivos, sem que tivesse sacrificado Sábados, Domingos e Feriados, pelos menos algumas centenas de vezes.
Da mesma forma, se quiser construir uma relação sólida de amizade com os seus filhos, terá que se dedicar a isso. Vai precisar de força para todos os dias superar o seu cansaço, tirar tempo para ficar com eles e deixar de lado o seu orgulho e comodismo no sentido de os fazer felizes.
Se quiser manter um casamento feliz, romântico e gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objectivo.
O sucesso é construído à “noite”, isto porque durante do “dia” você faz aquilo que todas as pessoas normais fazem.
Mas, para obter resultados diferentes da maioria das pessoas, vai ter de ser especial. Se fizer as mesmas coisas que a maioria faz, obterá os mesmos resultados que a maioria das pessoas obtém.
Não se pode comparar à maioria das pessoas se quer ter sucesso, pois infelizmente, a maioria das pessoas não são um modelo de sucesso.
Se quiser atingir um meta especial ou um grande objectivo, terá que estudar no período em que a maioria está a descansar. Terá que planear o seu futuro e criar estratégias enquanto a maioria está a navegar na internet ou à frente da televisão. Terá que trabalhar enquanto a maioria está de férias.
A realização de um sonho depende apenas da sua dedicação pessoal. Mas existem pessoas que acreditam que os sonhos se realizem por magia, porém esquecem-se que a magia é a arte da ilusão, e a ilusão não tira ninguém do paradigma onde está, na maior parte das situação a ilusão é o combustível que leva ao fracasso.
Quem quer alcançar os seus sonhos, arranja um meio. Quem não quer alcançar os seus sonhos, arranja uma desculpa.

                                                                                                                                  Roberto Shinyashiki

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Dizem que o Sonho/Objectivo deve ser grande para nunca o perdermos de vista e que o medo é o que vemos quando nos desviamos dele. Não o perco.Não vejo medo. Mesmo vivendo dentro da campanha de negativismo, de entrega de vontades e orientações de massas levadas por uma comunicação social incendiaria de mentes obesas devido informação Low cost e direccionada para um "cinzentismo" que rouba ate os sonhos de uma criança

O MAR - Um dos elementos de desenvolvimento do nosso Portugal


Tenho imenso prazer em ter aulas com este grande Homem todas as semanas.
Sub-Chefe do Estado Maior da Armada, o Contra-Almirante António Silva Ribeiro.

No Futuro este post será lembrado.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Portugal e as penas que formam as asas

Voo dos Gansos
Vou analisando e percebendo que alguns dos problemas de Portugal devem-se à falta de liderança direccionada a nós próprios Portugueses. À falta de ASSOCIATIVISMO e à incapacidade de aceitar Regras.
O Português ainda não saíu a lei e já está a ver como a contornar, ainda não saíram os cortes já está a protestar, elege um lider e já esta a dizer mal.Adoramos "distancias" como DR, Eng.º, Presidente, Ministro etc...Adoramos isto que não nos leva a lado nenhum!Na Dinamarca(entre outros países) tratam-se por TU ou pelo nome porque ninguém é superior a ninguém só por ter uma Licenciatura, Mestrado, Doutoramento.Eu não deixo de ser Hélio para ser Dr. !Não ensinarei os meus filhos baseado nos valores que aprendi/do na universidade e que me colocam duas letras atrás.Os meus filhos vão me chamar Pai e não Dr!
O português vê também o Associativismo como algo para quem não tem nada que fazer ou para os "chico espertos".Quem faz parte, por exemplo, da Associação de Pais é sempre aquele pai/mãe chato/a que se mete onde não se deve meter. Porque fomos ensinados a responder e não a perguntar! Qualquer Associação que surja para ser participativa, ajudar, apoiar, mover ideias e vontades é vista com desconfiança ou " isto deve ser para lavar dinheiro" ou...ou...ou... E fazer algo pelo país? Ser participativo? A cidadania em Portugal começa na altura de pensar no partido e termina na ída às urnas ( isto se não tiver a chover porque se tiver e eu for então sou um Cidadão de primeira linha). A partir desse momento está entregue o rumo do País e eu vou para casa ver um filme descansado e esperar pelos próximos 4 anos a comentar tudo e mais alguma coisa sem qualquer base credivel, muito alicerçado no “ouvi dizer” ou “Eu tenho cá uma ideia”! E onde? No “café Central” que é o sitio mais comum de Associativismo das Minis, Médias, imperiais, caracois em que se vai oscilando entre a bancada Super-Bock/Sagres. E quando se ouve falar em cortes no ordenado porque Portugal produz a 48% e tem nivel de vida de quem produz a 70%? Ahhhh isso é que não! Ouvem-se logo vozes dizendo: "politicos são todos uns gatunos ( pode acontecer como em qualquer área)! Isto é uma vergonha!"...Entretanto os 48% vs 70% entram por um ouvido e saem por outro e porquê? Porque isso não é musica para os ouvidos. Isso é conversa para os governantes! Eles que cuidem dessa parte dos numeros mas não dos da minha carteira. Em Portugal existem umas 400.000 Associações. Parece muito mas comparando com outros países é um numero vergonhoso e pode have uma relação entre Desenvolvimento/Associativimo. As Associações quando funcionam com rigor e vontade de remarem todos no mesmo sentido podem trazer resultados brillhantes para todos. Como por exemplo a Associação da Industria do Calçado que tem vindo a crescer e a fazer crescer o nome de Portugal no Mundo. Porém também continuam a existir pequenas Associações que ao juntarem-se todas podiam partir rumo a novos mercados e ter uma representação capaz e credivel. Mas como o egoísmo e o medo de o outro ter mais que eu próprio é uma constante quando existem, por exemplo, Feiras Internacionais vão todos e não fazem Um! Enquanto a Economia de Escala for uma miragem as empresas exportadoras vão acabando.
Existem também muitos casos de Sucesso de empresas Portuguesas com trabalhadores Portugueses! Existem muitos casos de empresas estrangeiras que têm em Portugal dos melhores Exemplos que até chegam a ultrapassar a empresa Mãe em resultados e porquê? Porque são bem lideradas, com uma liderança direccionada e não com modelos que servem nos outros países mas cá não porque somos especiais! Mas somos bons! Temos a criatividade, o espirito de sacrificio, o espirito de grupo. Falta-nos o Rigor e método dos Alemães. O NG disse numa entrevista " É mais facil ser Português no estrangeiro"! Concordo! Porque cá, tal como Miguel Esteves Cardoso escreveu " Em Portugal, ter amor às nossas coisas implica dizer mal delas, já que a maior parte delas não anda bem"
E no fim...Aprendamos com eles:  http://groups.ist.utl.pt/unidades/tutorado/files/Voo-dos-Gansos.pdf

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Estado do País por Eça de Queirós há 140 Anos

Eça de Queirós (1845-1900)
"...Nós estamos num estado comparável somente à Grécia: mesma pobreza, mesma indignidade política, mesma trapalhada económica, mesmo abatimento de carácteres, mesmo desleixo de espírito. Nos livros estrangeiros, nas revistas, quando se fala num país caótico e que pela sua decadência progressiva poderá vir a ser riscado do mapa da Europa, citam-se a par, a Grécia e Portugal...» Eça de Queirós, «Farpas», 1872"






"Aproxima-te um pouco de nós, e vê. O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os carácteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas ideias em cada dia. Vivemos todos ao acaso. Perfeita, absoluta indiferença de cima abaixo! Toda a vida espiritual, intelectual, parada. O tédio invadiu todas as almas. A mocidade arrasta-se envelhecida das mesas das secretárias para as mesas dos cafés. A ruína económica cresce, cresce, cresce. As quebras sucedem-se. O pequeno comércio definha. A indústria enfraquece. A sorte dos operários é lamentável. O salário diminui. A renda também diminui. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo. Neste salve-se quem puder a burguesia proprietária de casas explora o aluguer. A agiotagem explora o lucro. A ignorância pesa sobre o povo como uma fatalidade. O número das escolas só por si é dramático. O professor é um empregado de eleições. A população dos campos, vivendo em casebres ignóbeis, sustentando-se de sardinhas e de vinho, trabalhando para o imposto por meio de uma agricultura decadente, puxa uma vida miserável, sacudida pela penhora; a população ignorante, entorpecida, de toda a vitalidade humana conserva unicamente um egoísmo feroz e uma devoção automática. No entanto a intriga política alastra-se. O país vive numa sonolência enfastiada. Apenas a devoção insciente perturba o silêncio da opinião com padres-nossos maquinais. Não é uma existência, é uma expiação. A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências. Diz-se por toda a parte: o país está perdido! Ninguém se ilude. Diz-se nos conselhos de ministros e nas estalagens. E que se faz? Atesta-se, conversando e jogando o voltarete que de norte a sul, no Estado, na economia, no moral, o país está desorganizado

- e pede-se conhaque! Assim todas as consciências certificam a podridão; mas todos os temperamentos se dão bem na podridão!"



  As Farpas foram crónicas publicadas em fascículos mensais iniciada em Maio de 1871.
Pela sua caricatura da sociedade da época — que em muitos aspectos se mantém ainda hoje atual — e pelo seu humor, As Farpas são páginas importantes da literatura portuguesa.




"A obra de Eça de Queirós não envelheceu, podia ter sido escrita esta manhã" 

terça-feira, 10 de maio de 2011

O texto que mais me marcou. Obrigado Prima Sofia!

Não me lembro do dia em que te conheci nem tenho na memória muitos momentos vividos contigo.
É verdade.

Lembro-me de te ver em casamentos, em raros encontros familiares, em algumas comemorações de aniversários, em ocasiões menos felizes, nos intervalos das Verdes ou, simplesmente, por acaso.

O facto de seres rapaz e de termos idades próximas... não nos terá juntado em muitas brincadeiras na nossa infância. É uma realidade.

Nestas coisas de Família às vezes é mesmo assim... desencontramo-nos, seguimos rumos diferentes, não nos vemos, sabemos uns dos outros por outros, telefonamo-nos no Natal ou se alguém está doente e pouco mais.

Um dia estava no Facebook e encontrei-te por lá.

Adicionei-te e vi as tuas fotografias.

Senti-te feliz e fisicamente muito diferente.

Na minha memória eras gordinho e sorridente - com um sorriso rasgado, contagiante, sincero e meigo.

Desde esse dia que começei a seguir o que escrevias.

Surpreendi-me.

Surpreendi-me muito.

Surpreendi-me com a capacidade que tens em expressar-te em palavras.

Surpreendi-me com a capacidade que tens em transmitir o que queres e o que te faz viver.

Surpreendi-me com a capacidade sublime que tens em escrever o que sentes.

Aos poucos fui-te re-descobrindo.

Descobri a tua persistência.

Descobri a tua força.

Descobri o teu empenho.

Descobri a tua determinação.

Descobri a tua convicção.

Hoje sei que lutas pelo que queres e que vences obstáculos para chegares à meta.

Hoje sei que és uma Pessoa com um coração grande.

Hoje sei que voas para lá das núvens e que tens sonhos por realizar.

Hoje sei que fazes a diferença no meu mundo.

Hoje sei que estás a viver um grande desafio.

Hoje sinto uma alegria imensa porque o Mundo nos voltou a encontrar.


Hoje o Nuno Gama tem, na Moda Lisboa, um modelo PERFEITO.

... não pela tua experiência em passereles.

... não pela tua vontade em fazer disto vida.

... não pelo teu entusiasmo em ser modelo profissional.

Mas, simplesmente, porque este momento é o reflexo positivo da tua determinação, da tua luta, da tua vontade, da tua energia.

Tenho um orgulho imenso!!!


Partilhar contigo o meu Mundo é um enorme prazer.


No outro dia passei por lá... e fotografei, de dia, o colchão que lhe deste.

Para saberes que há coisas muito pequeninas que fazem uma grande diferença na vida.


Gosto de ti!


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Sofia Valente - O Exemplo



Nesta pequena reportagem consigo identificar na perfeição o teu preceito, o teu compromisso de vida. Mesmo sem seres mãe passas valores únicos aos teus "filhos" , mesmo sem seres fogo passas calor e luz aos que visitas à noite, mesmo sem seres uma casa consegues ser o "abrigo" de muitos, mesmo sendo pequena és tão grande que chegas ao outro lado do mundo e deixas a tua Marca, fazes história e plantas sorrisos.
As estrelas que vestias ontem são as que deixas cair ao passar por toda uma população carenciada.
Quantas e quantas pessoas nascem, vivem e morrem e a única História que fizeram foi a delas mesmo, num núcleo fechado?! A tua História já é enorme e conta-se também pela dos Outros porque tu fazes parte e relanças novos capítulos na vida deles. Parabéns!

Repito o que te escrevi em 2010:

"No dia em que eles pensarem em mudar de vida nós estamos cá"...Difícil é encontrar pessoas que vêm o fracasso como um passo para o Sucesso. Fácil é encontrar quem quer ver os outros mais para baixo com o seu egoísmo e aí se sentirem superiores sem subir. Parabéns pela entrega, parabéns pela saúde diária que lhes transmites, parabéns pelo exemplo, parabéns pela mensagem que dás aqueles que não sabem o que os espera se continuarem a ver a vida passar sem assumirem um compromisso com eles mesmo! Parabéns pelo serviço que prestas a todos nós que achamos maravilhoso o que fazes mas que muitas vezes preferimos o calor da sala ao frio das ruas. Porém, acredito que chegues com o coração mais quente que muitas salas com lareira.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Pequenos prazeres de "nada" que valem tudo na hora de acordar um interior

" E tenho saudades do mar. Do mar,do cheiro,do toque, da água, da transparência, da cor, do avassalador, do desmesurado, do sal, do vento, do movimento, do vazio, do cheiro, da quietude, da areia, do silêncio embrulhado no barulho, de tudo.
E meto-me no carro e vou ter com ele. A viagem é pouco mais que curta e agrada-me. Gosto de ir sozinha, de não ter que emitir sons que se transformem obrigatoriamente em palavras, gosto da música, porque a escolho, gosto do verde da paisagem, da textura do caminho, gosto da sensação de estar cada vez mais perto, Gosto do mar principalmente durante o Inverno, todo aquele quadro parece que está só à minha espera para se sentir completo. Gosto, e como, devoro com necessidade e gosto. Sentada, sinto a areia, sinto a sua água, sinto um grio que me gela a espinha e faz a simbiose acontecer. Perco o olhar no horizonte, na linha do horizonte, a linha imaginária à altura dos olhos que separa a parte superior da parte inferior da visão, perfeita quando o céu toca no mar, porque qualquer que seja a altura em que se observa o horizonte está sempre na altura dos olhos do observador. Sou o observador. Sinto o vento com violencia na alma, como se no sótão do insconsciente estivessem estendidas cordas e cordas de roupa, hotel memória, que aquele ar salgado seca a uma só passagem, deixando cheiro e sabor a maresia. Sinto o som das gaivotas a fazer poesia, e o resto do mundo a envolver tudo com o seu bater estranho compasso.
Depois cai a noite e eu caio em mim, tudo muito devagar, depois de eu ter ficado esquecida ali por várias horas. Não me perguntem em que penso, porque não sei. Talvez a magia resida exactamente nisso, não pensar, apenas sentir, sentir-me parte, sentir gratidão por existir, sentir que as coisas até conseguem fazer sentido, uma onda depois de outra onda, depois de outra onda, apenas sentir. Esquecer as palavras, as minhas e as dos outros, apenas sentir-me, palpar-me, encontrar-me, ou mesmo perder-me ainda mais...Às vezes estou tão à toa que não passo de um rio à procura de um lugar para desaguar. Para desaguar a tristeza, e melancolia e a solidão, que meto dentro de uma garrafa, fecho cuidadosamente, atiro para longe e espero que vagueie à deriva em alto mar, sem nunca chegar à palma de uma mão, pois prefiro que ninguém saiba que uma vez por outra me sinto tão vazia como o vazio daquela garrafa.
Mas, se alguém alguma vez encontrar uma das minhas garrafas, peixe de vidro que consegue respirar fora de água, depois de caír no vazio, encontra um sorriso que apenas tenta dizer que por instantes estive mais leve ou quase feliz. Mas primeiro, primeiro tem de caír no fundo do mar, tem de voltar a sentir uma vontade inabalavel de respirar outra vez"

Excerto do Livro - A Solidão dos Inconstantes - Raquel Serejo Martins
Já o li há uns tempos e Adorei este livro, identifico-me em muitas coisas que nele me fazem mergulhar dentro de Mim e ficar feliz por ter chegado a esta vontade inabalavel de "respirar" outra vez.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Nós como Marca

Cada um de nós é uma Marca S.A, cada um escolhe como se quer diferenciar num mundo cada vez mais competitivo. As grandes Marcas destacam-se da produção em série sem a inovação, diferenciação, investimento na imagem que transmite, no intelecto e na ligação que estabelece com o "consumidor" final. Cada um escolhe se quer ser uma Marca S.A ou um produto de linha branca.
P.N. Hélio Antunes

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Fernando Pessoa sempre actual

Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de Junho de 1888 — Lisboa, 30 de Novembro de 1935).

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas ...
Que já têm a forma do nosso corpo ...
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos
mesmos lugares ...

É o tempo da travessia ...
E se não ousarmos fazê-la ...
Teremos ficado ... para sempre ...
À margem de nós mesmos

                                           Fernado Pessoa

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A aprendizagem não é um destino mas sim um caminho



Qual é o Livro que estás a ler? Alguém me disse que apenas um terço dos adultos lêem um livro completo depois da sua última graduação! Porque é que isso acontece? Porque vêem a educação como um período de vida, não uma forma de vida.
Hoje ouvi uma reportagem sobre pessoas inscritas no Centro de Emprego, até que entrevistaram um que disse esta coisa “brilhante” acerca de terem que receber formação para alargarem o seu leque de aprendizagem e consequente leque de escolha junto das entidades empregadoras..." Eu tenho quase 50 anos agora é que vou estudar? Nem pensar! Com este comentário se ouve o eco do vale onde reside a maior parte da população portuguesa, o vale da mediocridade, vale do absurdo! O país tem um défice muito grande mas de mentalidade que infelizmente se torna num ciclo vicioso que não nos deixa gritar ao mundo que somos um povo capaz, um povo forte, um povo que desde sempre enfrentou lutas e triunfou. Mas o que em tempos foi ganho com "força de braços", hoje tem que ser ganho com inteligência, perseverança e acima de tudo força mental para mudar os que vivem no tal vale e daí não querem sair. Cada estágio da vida apresenta lições a serem aprendidas. Podemos escolher ser predispostos ao ensino e continuar a aprendê-las, ou podemos ter a mente fechada e deixar de crescer. A decisão é nossa.
Caminhamos para um mundo em que, tal como um mestre Amigo meu diz, ou nos actualizamos ou morremos. Mais uma vez a decisão é nossa! Porém e acima de tudo temos que ser felizes no que fazemos. A introspecção constante de onde estamos, para onde vamos e como vamos é obrigatória porque a vida tem o seu rumo sempre certo, a sua linha, o seu percurso...nós é que a mudamos e mutamos...Tenho vindo a aprender a fazer a decoração dela, a montar-me nos carris e segui-la colhendo flores pelo caminho, cheirando, picando-me nas silvas, apreciando a paisagem, levando com o vento na cara e...chuva? Molho-me e aprecio porque estou a aprender a ganhar defesas como se de um guarda-chuva da mente se tratasse...aprendo que este comboio leva muita aprendizagem dentro e fora e aí é que tenho me sentindo um aprendiz e feliz por isso. É tão bom aprendermos sobre carris e não nos limitarmos a estar na estação a ver a vida a passar levando consigo as memórias, o passado que queima como se carvão se tratasse para um comboio a vapor!! Deixo queimar o que me fez infeliz, separo, acarinho, limpo, mimo, amo, perdoo o que me fez pendurar no comboio e seguir de peito aberto sem medo de nada...E...o que mais quero é sorrir.




terça-feira, 23 de novembro de 2010

Quanto melhor for, Maior será o seu valor Hoje!

“Se plantasse árvores de fruta e de nozes e amêndoas no seu quintal, quanto tempo acha que teria que esperar até à primeira colheita? Ficaria surpreendido por saber que tinha que esperar anos - 3 a 7 anos para colher furta e 5 a 15 para colher nozes e amêndoas? Se quiser que uma árvore seja produtiva, primeiro tem que a deixar crescer.
Quanto maior for o crescimento da árvore e quanto mais fortes forem as raízes que a sustêm, mais pode produzir.
Quanto mais produzir, maior será o seu valor.
As pessoas não são diferentes. Quanto mais crescerem, mais valiosas são, porque podem produzir mais. De facto, diz-se que enquanto está viva, uma árvore continua a crescer. Como eu gostaria de viver para que o mesmo fosse dito a meu respeito - " ele continuou a crescer até ao dia em que morreu".
Gosto muito desta citação de Elbert Hubbard: " SE O QUE FEZ ONTEM AINDA LHE PARECER GRANDE, HOJE NÃO FEZ MUITO". Se olhar para feitos passados e estes não lhe parecerem pequenos, então não cresceu muito desde que os alcançou. Se olhar para um trabalho que realizou há anos e não pensar que agora conseguiria fazer melhor, então não está a aperfeiçoar essa área da sua vida.
Se não estiver a crescer de forma contínua, então provavelmente está a prejudicar a sua capacidade de liderança…”O que distingue os lideres dos seguidores é a capacidade para desenvolverem e aperfeiçoarem as suas habilidades”. Se não está a avançar como aprendiz, então está a recuar como líder.”

Jonh C. Maxwell

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Nada substitui a persistência


Pouco haverá a escrever depois de se ver este video. Apenas poderemos pensar que...

Há que seguir em frente.Nada substitui a persistência.
O talento não o fará, porque o mundo está repleto de pessoas com talento,mas sem sucesso. O génio não o fará, pois é certo e sabido que os génios raramento são recompensados. A instrução,por si só, não o fará uma vez que o mundo está cheio de falhados com estudos. Apenas a persistência e a determinação são omnipotentes.

Calvin Coolidge(1872-1933)