Ao nível de cada um de nós o ciberespaço criou condições para se ser o actor principal com a sensação de poder absoluto. Este potencial ilimitado depende exclusivamente da imaginação individual. Este tipo de acções leva por vezes ao desenvolvimento de uma inconsciência colectiva e, ao mesmo tempo, leva a que o (s) utilizador(es) não sejam obrigados a manter a ética ou os valores, ou seja, cada um constrói a imagem à medida que imagina, sem que para isso esta assente sobre valores ou responsabilidade ética.
A rapidez com que mostramos ao mundo as nossas vivências, acontecimentos, revoltas, etc, estamos a usar uma arma potentíssima que pode dar inicio a guerras virtuais. Veja-se os casos do Egipto, Venezuela (com imagens colocadas no youtube), Ucrânia, etc…
Em suma: Tudo o que partilhamos, neste caso no facebook, é materializado muito rapidamente. Por outro lado a imagem só por si(sem Conhecimento) é como uma base de uma muralha de cartas que não aguenta nem uma corrente de ar onde a ética foi maquilhada e transformou-se em “like” e os comentários em atribuição de “valores”.
“Na gestão de percepções cada indivíduo deve perguntar a si mesmo: o que é a realidade? O que vemos na televisão e nos tablet! O que ouvimos na rádio! O que lemos nos jornais! Ou o que fica quando nos apercebemos que a nossa própria história é manipulada pelos outros! A análise de todas as facetas do ciberespaço denota assim uma nova relação que se instalou entre o próximo e o distante, entre o efémero e o duradouro, entre o bem e o mal, e principalmente nas relações de poder entre quem dirige e quem é dirigido num mundo virtual e de simulações”.
M.G. A.C.
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