quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Sofia Valente - O Exemplo



Nesta pequena reportagem consigo identificar na perfeição o teu preceito, o teu compromisso de vida. Mesmo sem seres mãe passas valores únicos aos teus "filhos" , mesmo sem seres fogo passas calor e luz aos que visitas à noite, mesmo sem seres uma casa consegues ser o "abrigo" de muitos, mesmo sendo pequena és tão grande que chegas ao outro lado do mundo e deixas a tua Marca, fazes história e plantas sorrisos.
As estrelas que vestias ontem são as que deixas cair ao passar por toda uma população carenciada.
Quantas e quantas pessoas nascem, vivem e morrem e a única História que fizeram foi a delas mesmo, num núcleo fechado?! A tua História já é enorme e conta-se também pela dos Outros porque tu fazes parte e relanças novos capítulos na vida deles. Parabéns!

Repito o que te escrevi em 2010:

"No dia em que eles pensarem em mudar de vida nós estamos cá"...Difícil é encontrar pessoas que vêm o fracasso como um passo para o Sucesso. Fácil é encontrar quem quer ver os outros mais para baixo com o seu egoísmo e aí se sentirem superiores sem subir. Parabéns pela entrega, parabéns pela saúde diária que lhes transmites, parabéns pelo exemplo, parabéns pela mensagem que dás aqueles que não sabem o que os espera se continuarem a ver a vida passar sem assumirem um compromisso com eles mesmo! Parabéns pelo serviço que prestas a todos nós que achamos maravilhoso o que fazes mas que muitas vezes preferimos o calor da sala ao frio das ruas. Porém, acredito que chegues com o coração mais quente que muitas salas com lareira.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Pequenos prazeres de "nada" que valem tudo na hora de acordar um interior

" E tenho saudades do mar. Do mar,do cheiro,do toque, da água, da transparência, da cor, do avassalador, do desmesurado, do sal, do vento, do movimento, do vazio, do cheiro, da quietude, da areia, do silêncio embrulhado no barulho, de tudo.
E meto-me no carro e vou ter com ele. A viagem é pouco mais que curta e agrada-me. Gosto de ir sozinha, de não ter que emitir sons que se transformem obrigatoriamente em palavras, gosto da música, porque a escolho, gosto do verde da paisagem, da textura do caminho, gosto da sensação de estar cada vez mais perto, Gosto do mar principalmente durante o Inverno, todo aquele quadro parece que está só à minha espera para se sentir completo. Gosto, e como, devoro com necessidade e gosto. Sentada, sinto a areia, sinto a sua água, sinto um grio que me gela a espinha e faz a simbiose acontecer. Perco o olhar no horizonte, na linha do horizonte, a linha imaginária à altura dos olhos que separa a parte superior da parte inferior da visão, perfeita quando o céu toca no mar, porque qualquer que seja a altura em que se observa o horizonte está sempre na altura dos olhos do observador. Sou o observador. Sinto o vento com violencia na alma, como se no sótão do insconsciente estivessem estendidas cordas e cordas de roupa, hotel memória, que aquele ar salgado seca a uma só passagem, deixando cheiro e sabor a maresia. Sinto o som das gaivotas a fazer poesia, e o resto do mundo a envolver tudo com o seu bater estranho compasso.
Depois cai a noite e eu caio em mim, tudo muito devagar, depois de eu ter ficado esquecida ali por várias horas. Não me perguntem em que penso, porque não sei. Talvez a magia resida exactamente nisso, não pensar, apenas sentir, sentir-me parte, sentir gratidão por existir, sentir que as coisas até conseguem fazer sentido, uma onda depois de outra onda, depois de outra onda, apenas sentir. Esquecer as palavras, as minhas e as dos outros, apenas sentir-me, palpar-me, encontrar-me, ou mesmo perder-me ainda mais...Às vezes estou tão à toa que não passo de um rio à procura de um lugar para desaguar. Para desaguar a tristeza, e melancolia e a solidão, que meto dentro de uma garrafa, fecho cuidadosamente, atiro para longe e espero que vagueie à deriva em alto mar, sem nunca chegar à palma de uma mão, pois prefiro que ninguém saiba que uma vez por outra me sinto tão vazia como o vazio daquela garrafa.
Mas, se alguém alguma vez encontrar uma das minhas garrafas, peixe de vidro que consegue respirar fora de água, depois de caír no vazio, encontra um sorriso que apenas tenta dizer que por instantes estive mais leve ou quase feliz. Mas primeiro, primeiro tem de caír no fundo do mar, tem de voltar a sentir uma vontade inabalavel de respirar outra vez"

Excerto do Livro - A Solidão dos Inconstantes - Raquel Serejo Martins
Já o li há uns tempos e Adorei este livro, identifico-me em muitas coisas que nele me fazem mergulhar dentro de Mim e ficar feliz por ter chegado a esta vontade inabalavel de "respirar" outra vez.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Nós como Marca

Cada um de nós é uma Marca S.A, cada um escolhe como se quer diferenciar num mundo cada vez mais competitivo. As grandes Marcas destacam-se da produção em série sem a inovação, diferenciação, investimento na imagem que transmite, no intelecto e na ligação que estabelece com o "consumidor" final. Cada um escolhe se quer ser uma Marca S.A ou um produto de linha branca.
P.N. Hélio Antunes